A engenharia é uma área que sempre esteve atrelada ao desenvolvimento de um país, por isso, esses profissionais são muito requisitados no mercado, tendo boas oportunidades de trabalho e com salários altos.

Em um cenário econômico favorável, é possível encontrar oportunidades em algumas cidades brasileiras, onde a demanda por profissionais qualificados e especializados é tão alta que o salário chega até a superar em mais de 5x o piso salarial definido pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia.

No Brasil, tem-se um déficit muito grande de profissionais qualificados no mercado. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), é necessário dobrar o número de engenheiros para atender a demanda do país. Esse déficit causa um prejuízo de bilhões de reais para o Brasil, uma vez que o desenvolvimento econômico, em infraestrutura, energia e tantas outras vertentes ficam estagnadas.

Entre os países do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o Brasil é quem menos forma engenheiros. A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e o Conselho Nacional de Engenharia e Agronomia (Confea) apontam que, em 2015, formamos 80 mil engenheiros, enquanto a Índia formou 220 mil profissionais e a China, 650 mil.

Um dado alarmante para o nosso desenvolvimento, mas que traz muitas oportunidades para os profissionais que estão no mercado.

Mercado de trabalho para os engenheiros também foi afetado pela crise econômica

É fato que a crise e recessão econômica afetaram a área. Desde 2014 houve mais demissões do que admissões de engenheiros, sendo que em 2015 e 2016 o saldo de empregos foi de mais de 20 mil postos negativos em cada ano. A área da engenharia civil foi a mais afetada, uma vez que possui o maior número de profissionais entre as demais engenharias.

Com a possível retomada da economia, a tendência é que a demanda volte a aumentar e o saldo de empregos volte ao positivo. Um ponto de atenção para o final do ano são as eleições, que normalmente causam tensões e trazem instabilidade política e financeira, porém, deve se normalizar no começo de 2019.

Independente da crise e das eleições, a demanda por profissionais qualificados existe nos dias de hoje. Se por um lado há engenheiros que não encontram oportunidades, há empresas que ficam meses a procura de um profissional que possa atender suas necessidades e tenha as habilidades e conhecimentos requeridos para o trabalho.

A grande demanda do mercado é por profissionais qualificados

Dessa maneira, um profissional qualificado sempre encontrará uma oportunidade de trabalho no mercado brasileiro. Para buscar esse “título” de profissional qualificado, o engenheiro poderá continuar os estudos após a graduação, como especialização, pós-graduação, mestrado, doutorado e/ou MBA. Independente da engenharia, se especializar e dominar um assunto é um grande diferencial na área.

Além destes, é importante mencionar cursos de gestão de processos, Lean Seis Sigma, Manutenção Produtiva, Qualidade etc para os profissionais que desejam construir carreira nessas áreas ou até mesmo outros cursos para uma atuação mais administrativa.

Ter domínio do inglês já não é mais um diferencial, mas quase que um requisito para o trabalho. Muito material é apresentado nessa língua, além da possibilidade de fazer contato e networking com profissionais em outros países quando falamos de uma multinacional. O espanhol também é um idioma requisitado pelas empresas que estão em expansão pela América Latina.

Vale ressaltar que não só de conhecimentos técnicos é feito um bom engenheiro. Cada vez mais as empresas buscam por profissionais com habilidades sociais, com boa comunicação e, principalmente, que saibam trabalhar em equipe. Um bom relacionamento interpessoal pode abrir muitas portas para todo profissional no mercado.

Acompanhar as novas tecnologias, tendências e inovações que acontecem na área também é valioso. As empresas estão constantemente buscando se inovar e se diferenciar da concorrência, o profissional precisa conhecer o que acontece no mercado para se adaptar às mudanças da empresa e, até mesmo, puxar algumas delas.

Engenharia automotiva e química puxam para cima o número de contratações

Os setores que estão puxando as contratações de engenheiros é a automotiva e a química, uma vez que esta última é a base para as outras indústrias. Vale ressaltar que a área química foi a última a ser afetada pela crise e já está voltando com força agora. Na outra ponta, ou seja, as áreas “em baixa”, temos a civil e a naval.

Outras duas áreas que merecem destaque é da engenharia de computação e a área e sustentabilidade.

Em relação a primeira, a tecnologia está cada vez mais alta, assim esse profissional vai ser extremamente requisitado, além da possibilidade de trabalhar em diversos segmentos de empresas, como as famosas startups que possuem foco em tecnologia, e não se restringe apenas às indústrias ou empresas de engenharia.

Até mesmo nas indústrias vemos o movimento relacionados à Indústria 4.0, onde se é feito novos investimentos para trazer tecnologia do chão de fábrica a controle de processos para otimização de resultados.

Sobre o segundo destaque, ainda não tão popular quanto às demais engenharias, mas a demanda por esse profissional será crescente. Cada vez mais indústrias e empresas estão preocupadas com o consumo excessivo de recursos naturais, produção de resíduos e conservação do meio ambiente. Assim, os profissionais com conhecimento nessa área serão requisitados nas equipes para a elaboração de projetos e processos mais sustentáveis no ambiente de trabalho.

Um ponto interessante de se mencionar é que em momentos de recessão como a que estamos vivendo hoje, muitas empresas buscam trabalhar melhor com seus recursos internos. Assim, a área de manutenção e seus processos, principalmente quando falamos em manutenção preditiva, está em destaque e chama a atenção nas operações industriais por conta da potencial economia em tempo e dinheiro.

Conclusão

Não há dúvidas que a crise afetou o mercado de trabalho brasileiro no geral e as engenharias não ficaram de fora. Atualmente, pode parecer uma área pouco aquecida, mas com a possível retomada da economia, a demanda vai aumentar.

Por outro lado, é fundamental ressaltar a importância de um profissional qualificado. Para este, sempre existirão oportunidades, independente de crise econômica e/ou política. As empresas investem muitos recursos em busca desse profissional e estão dispostas a pagarem muito bem para tê-lo dentro da equipe.

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