No final de setembro o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou uma pesquisa indicando que o desemprego bateu recorde no trimestre de maio a julho. À mesma época, o Ministério da Economia afirmou que o Brasil abriu 249.388 vagas em agosto, sendo o segundo mês seguido de saldo positivo. Temos então pessoas procurando vagas e empresas procurando profissionais, mas sabemos que essa combinação não é tão fácil assim.
Uma matéria que saiu no UOL Economia no final de setembro trazia o caso de uma empresa de Tecnologia da Informação que tinha mais de 50 vagas abertas e não conseguia preencher. Esse buraco entre as vagas e os profissionais não é de hoje, em 2014 a Fundação Dom Cabral fez uma pesquisa que indicou que 91,04% das empresas tinham problemas para contratar. Mas afinal, quais são essas dificuldades?
O problema da mão de obra qualificada continua!
Esse é o clássico que nunca muda. Encontrar mão de obra qualificada sempre é um problema para as empresas e ele começa lá na formação do profissional. Muitos profissionais saem das graduações despreparados e não buscam se qualificar mais. Além disso, não basta mais o profissional ser técnico, ele também precisa agregar qualidades e características que não são ensinadas na graduação, como liderança, bom relacionamento, dinamismo, iniciativa. O grande gargalo das empresas hoje é encontrar alguém que tenha conhecimento técnico, o perfil comportamental desejado e cada vez mais as empresas agora desejam profissionais com valores similares aos seus.
Altas exigências
Se por um lado encontramos profissionais não qualificados, por outro, muitas empresas criam exigências praticamente impossíveis de se atender. A área de recursos humanos precisa analisar sempre o que é realmente necessário dentro de uma vaga, porque o candidato ideal não existe.
A empresa precisa estar disposta a trabalhar junto com o profissional para que ele se molde às suas necessidades e além disso, precisa entender que quando há grandes exigências, deve haver grande retorno, ou seja, um bom salário. É uma realidade que as empresas pedem muitas qualificações e nem sempre oferecem um salário compatível com as responsabilidades do cargo. Resultado: não encontram profissionais que atendem aos requisitos ou que aceitam a vaga.
Novas relações de trabalho
Uma dificuldade que é relativamente nova para as empresas vêm da mudança na relação de trabalho com os profissionais. Se antes todo candidato buscava por uma contratação CLT, hoje isso tem mudado. O regime de contratação preferido ainda é o CLT, porém alguns profissionais preferem ser autônomos, prestando serviços como pessoa jurídica e as empresas mais tradicionais não estão acostumadas a ter esse novo perfil dentro da sua estrutura.
Além disso, com o crescimento das empresas que estão oferecendo horários mais flexíveis, ambientes mais descontraídos e confortáveis, saindo do padrão de escritório tradicional, os profissionais aumentaram seu nível de exigência sobre o que procuram. Se podem ter isso, por que não?
É fundamental que as empresas olhem para essas mudanças, assim continuam competitivas diante de suas concorrentes e não perdem bons candidatos por questões como essas. Hoje, a cultura da empresa tem um peso grande para os profissionais, então ter uma marca positiva e forte no mercado faz toda diferença.
Principalmente quando falamos sobre cargos estratégicos, o cuidado na seleção do profissional nunca é demais, porque um candidato errado pode sair bem caro para a empresa e em meio a atual situação, ninguém precisa perder tempo e dinheiro.
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