Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país que tem o maior número de pessoas ansiosas do mundo: 18,6 milhões de brasileiros (9,3% da população) convivem com esse transtorno. Esses dados foram divulgados no ano passado. Se antes da pandemia o cenário de saúde mental do brasileiro já era alarmante, nesse momento é fundamental que as empresas olhem para essa situação e invistam em iniciativas que visem o equilíbrio emocional no ambiente de trabalho, focando tanto no indivíduo, quanto no coletivo, principalmente nesse momento de retomada das atividades.

Mas como fazer isso? Que tipo de ações a empresa pode adotar para contribuir com a saúde mental dos seus colaboradores?  

Primeiro passo: educação

Primeiro, é importante entender o que é saúde mental. Segundo a OMS, saúde mental é um estado de bem-estar do ser humano, no qual ele é capaz de usar suas habilidades, se recuperar do estresse diário e ser uma pessoa produtiva. Ou seja, o trato com saúde mental começa com a identificação de comportamentos que sugiram que a pessoa não está em um estado de bem estar. 

Para isso, uma iniciativa de baixo custo e que pode dar altos resultados na empresa é a realização de palestras educacionais sobre a temática. A partir dessas palestras, os próprios colaboradores poderão identificar em si ou no outro, características de uma saúde mental afetada e então, buscar ou oferecer uma ajuda.

Uma das dificuldades na identificação de problemas de saúde mental é que os sintomas, muitas vezes, passam despercebidos, por isso esse primeiro passo da educação é fundamental. São fatores que podem indicar desequilíbrio emocional:

  • Sensação constante de nervosismo;
  • Tensão demasiada diante das tarefas diárias e desafios futuros;
  • Preocupar-se muito com pequenas situações do cotidiano;
  • Perda de interesse por atividades que antes eram prazerosas;
  • Dificuldade de concentração e raciocínio;
  • Sensação de fadiga e cansaço físico e mental persistente;
  • irritabilidade constante;
  • Sensação constante de que alguma coisa ruim irá acontecer a qualquer momento mesmo sem justificativa para tal;
  • Dificuldade extrema para relaxar e descansar a mente e o corpo;

Segundo passo: intervenção 

Além de educar seus colaboradores, a empresa pode abrir linhas de comunicação para dar suporte para aqueles que identificarem em si problemas de saúde mental, ou mesmo, para que um colaborador, ao identificar no colega de trabalho os sintomas, acione a liderança para uma intervenção. 

A empresa não precisa ter, necessariamente, um profissional de saúde mental para prestar atendimento aos seus colaboradores, mas pode indicar onde ele pode buscar ajuda. O RH da empresa deve estar preparado para receber e encaminhar esse colaborador, a partir de um mapeamento das redes de apoio disponíveis, tanto públicas, como privadas. Mais uma ação de baixo custo e alto resultado. 

Outros cuidados 

Além de trabalhar na frente de educação e intervenção, é fundamental que as lideranças cuidem de aspectos da rotina que podem prevenir o aumento de estresse e tensão entre os colaboradores. Entre esses cuidados estão: gerenciamento das atividades, para que não haja sobrecarga sobre alguns setores/funcionários, a transparência com as atividades da empresa e as responsabilidades dos colaboradores, situações de assédio, humilhação ou relacionamentos desgastantes, respeito aos horários de trabalho e momentos de descanso da rotina, como pausas e almoço/jantar etc. 

O gestor deve saber que o estresse faz parte do ambiente de trabalho e ele não pode evitar isso, no entanto, olhando para essas situações e com o suporte de iniciativas como a educação e intervenção, ele tem o poder de minimizar problemas de saúde mental na sua equipe, colaborando com um ambiente mais equilibrado, saudável e produtivo.

Alguns projetos de mindfullness também estão em alta no momento e podem ser implementados para trazer mais equilíbrio para todos funcionários.

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