Esse foi um ano de muitas mudanças e principalmente, de muitas mudanças não planejadas. A maioria das empresas e seus gestores tiveram que aprender, na prática, a como fazer o negócio continuar funcionando apesar de tantos imprevistos. Um exemplo disso foi o home office. De uma hora para outra, gestores se viram de frente com equipes inteiras trabalhando remotamente. Profissionais que não estavam preparados, empresas que não haviam se planejado para essa mudança… Mas ela aconteceu e ainda é uma realidade. O que fazer? Como conseguir do colaborador a mesma dedicação que ele tem na empresa, em casa?
Existem algumas posturas que a empresa deve adotar que são fundamentais para que o colaborador continue motivado de casa:
1 – Respeitar os horários de trabalho, fazendo contato ou pedindo atividades apenas nesse período.
2 – Não exigir “provas” de que o colaborador está online o tempo todo. Avalie se ele está entregando, não se está ou não na frente do computador.
3 – Realizar reuniões eficazes, sem tomar tempo desnecessário da equipe ou envolver pessoas que não precisam estar na reunião. Essas reuniões podem ser cansativas e ao invés de ajudar, podem atrapalhar a produtividade.
Além dessas ações, outras posturas da empresa e dos gestores farão toda diferença no engajamento da equipe.
Ofereça estrutura
Quais são as ferramentas fundamentais para que o colaborador exerça o trabalho dele com qualidade no home office? É importante que o gestor pense nisso e faça o que for possível para oferecer essa estrutura, por exemplo, acesso a programas específicos.
Tentar engajar uma equipe ao mesmo tempo em que ela é cobrada de fornecer por conta própria uma estrutura mínima, não vai dar certo. A empresa precisa oferecer tudo então? Nem sempre será possível, mas abrir esse diálogo e entender o que pode ser feito por ambas as partes é fundamental, inclusive adaptando o trabalho para o que é possível de ser realizado agora.
Regras definidas
É importante que o colaborador saiba quais são as regras do trabalho home office e por que não oferecer alguns benefícios? A adaptação pode ser difícil, então por exemplo, se os horários forem um pouco flexíveis, isso pode fazer a equipe reagir melhor e responder com mais eficácia às atividades remotas.
Defina o horário, defina um tempo de resposta para e-mails ou mensagens, pequenas responsabilidades do dia a dia que podem ajudar ambas as partes e não se desconectarem uma da outra, mas sem ter aquela pressão de estar 100% à disposição a qualquer minuto.
Deixe claro de que forma a equipe será acompanhada e qual vai ser a forma de organização desse trabalho? O gestor precisa estar com tudo isso planejado se não quiser que o trabalho remoto vire uma bagunça e atrapalhe os resultados da equipe.
Demonstre confiança
Defina metas e objetivos para cada pessoa da equipe, utilize ferramentas de gestão (como o Trello) para acompanhar o andamento das atividades e demonstre que você confia que eles têm responsabilidade para gerenciar suas próprias ações (você também pode vincular benefícios com isso. Por exemplo, cumpriu a meta do dia, pode se desconectar mais cedo.)
Com essa postura, você garante que tudo o que precisa ser feito está pautado, poupa seu próprio tempo, ao não precisar ficar em cima da equipe e ajuda os profissionais que têm dificuldade de se organizar. Ao encontrar um trabalho remoto organizado, o colaborador vai responder muito melhor às demandas.
De feedback
Se você não tem o hábito de dar feedback para a equipe, agora é a hora perfeita para começar. Deixe bem claro o que você espera do profissional com o trabalho remoto e ao invés de cobrar ou criticar quando algo der errado, pergunte qual é a dificuldade e como você (a empresa) pode ajudar. Muitas vezes, um treinamento sobre planejamento/organização pode fazer toda diferença.
Se o gestor oferece empatia e compreensão, o colaborador pode dar isso em troca, além de entender que mesmo de casa, ele deve se dedicar e será acompanhado e cobrado.
Em momentos como esse, fica evidente como é importante que a equipe seja formada por profissionais capacitados e adequados às suas funções. Com mudanças e imprevistos, a empresa precisa confiar que escolheu o candidato certo para não ter ainda mais problemas.
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